sábado, 27 de dezembro de 2014

Os livros que mais dialogaram comigo em 2014

Não li nenhum livro ruim este ano, ou seja: foi um ano muito produtivo! Dos 59 aqui reportados em 2014, eis os 30 que mais dialogaram comigo (na ordem em que foram postados):

  1. O último voo do flamingo, Mia Couto - * * * * * (Ótimo)
  2. e-Quintana, Mario Quintana * * * * * (Ótimo)
  3. Der König verneigt sich und tötet (O rei se inclina e mata), Herta Müller * * * * * (Ótimo)
  4. Os Bruzundangas, Lima Barreto * * * * * (Ótimo)
  5. A Hora da Estrela, Clarice Lispector * * * * * (Ótimo)
  6. Ruhm (Fama), Daniel Kehlmann - * * * * * (Ótimo)
  7. Kindheit des Zauberers, Hermann Hesse - * * * * * (Ótimo)
  8. Velório sem defunto, Mario Quintana - * * * * * (Ótimo)
  9. Como falar dos livros que não lemos? Pierre Bayard - * * * * * (Ótimo)
  10. Meine Reise zu Chaplin, Patrick Roth - * * * * * (Ótimo)
  11. Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres - * * * * * (Ótimo)
  12. Uma Duas, Eliane Brum - * * * * * (Ótimo)
  13. Vidas secas, Graciliano Ramos - * * * * * (Ótimo)
  14. Angústia, Graciliano Ramos - * * * * * (Ótimo)
  15. Laços de Família, Clarice Lispector - * * * * * (Ótimo)
  16. Elettra, Amèlie Nothomb - * * * * * (Ótimo)
  17. A Paixão Segundo G.H., Clarice Lispector - * * * * * (Ótimo)
  18. Malena es un nombre de tango, Almudena Grandes* * * * * (Ótimo)
  19. La leyenda del Rey Errante, Laura Gallego García - * * * *+ (Muito Bom/ Ótimo)
  20. El coronel no tiene quien le escriba, Gabriel García Márquez - * * * * * (Ótimo)
  21. Crónica de una muerte anunciada, Gabriel García Márquez - * * * * * (Ótimo)
  22. El jardín de al lado, José Donoso - * * * * + Muito Bom / Ótimo)
  23. Felicidade Clandestina, Clarice Lispector - * * * * * (Ótimo)
  24. Historia personal del "Boom", José Donoso - * * * * * (Ótimo)
  25. Pedro Páramo, Juan Rulfo - * * * * * (Ótimo) - maravilhoso!
  26. No pasó nada, Antonio Skármeta - * * * * + (Muito Bom / Ótimo)
  27. Ardiente paciencia, Antonio Skármeta - * * * * * (Ótimo) - lindíssimo!
  28. Los cachorros, Mario Vargas Llosa - * * * * * (Ótimo)
  29. El oro de Tomás Vargas (Cinco cuentos de Eva Luna), Isabel Allende - * * * * + (Muito Bom / Ótimo)
  30. El Mono Gramático, Octavio Paz - * * * * * (Ótimo)


Lista completa das leituras aqui relatadas em 2014:

  1. Der Hundertjährige, der aus dem Fenster stieg und verschwand (O centenário que fugiu pela janela e desapareceu), Jonas Jonasson - * * * * (Muito Bom)
  2. Das Boot, das immer grösser wurde, Haken Stephensen - livro infantil, * * *  (Bom)
  3. O último voo do flamingo, Mia Couto - * * * * * (Ótimo)
  4. e-Quintana, Mario Quintana * * * * * (Ótimo)
  5. Déjame que te cuente, Jorge Bucay * * (Regular)
  6. Viviendo del cuento, Juanjo Sáez * * * (Bom)
  7. Der König verneigt sich und tötet (O rei se inclina e mata), Herta Müller * * * * * (Ótimo)
  8. Os Bruzundangas, Lima Barreto * * * * * (Ótimo)
  9. A Hora da Estrela, Clarice Lispector * * * * * (Ótimo)
  10. Diário de um Zé Ninguém, Rafael Castellar das Neves - * *+ (Regular/Bom)
  11. El Lazarillo de Tormes, Anônimo * * *  (Bom)
  12. Jesus Cristo bebia cerveja,  Afonso Cruz * * * * (Muito Bom)
  13. Un beso de fuego verde, Mercedes Muérdago* * * * (Muito Bom)
  14. Demência Digital, Manfred Spitzer - * * * * (Muito Bom)
  15. As Mulheres do Meu Pai, José Eduardo Agualusa - * * * + (Bom / Muito Bom)
  16. Kosmetik des Bösen, Amèlie Nothomb - * * * + (Bom / Muito Bom)
  17. Ich und Kaminski, Daniel Kehlmann - * * * * (Muito Bom)
  18. Llanto, novelas imposibles. Carmen Boulossa - * * * * (Muito Bom)
  19. Ruhm (Fama), Daniel Kehlmann - * * * * * (Ótimo)
  20. El viento de la Luna, Antonio Muñoz Molina - * * * (Bom)
  21. Nada me faltará, Lourenço Mutarelli - * * * (Bom)
  22. Confesiones de una editora poco mentirosa, Esther Tusquets - * * * (Bom)
  23. Kindheit des Zauberers, Hermann Hesse - * * * * * (Ótimo)
  24. Velório sem defunto, Mario Quintana - * * * * * (Ótimo)
  25. Como falar dos livros que não lemos? Pierre Bayard - * * * * * (Ótimo)
  26. Manuscrito de livro inédito, romance, 129 páginas - * * * * (Muito Bom) 
  27. El viento de la Luna, Antonio Muñoz Molina - Releitura - * * * * (Muito Bom)
  28. Der Liebhaber, Marguerite Duras - * * * * (Muito Bom)
  29. Meine Reise zu Chaplin, Patrick Roth - * * * * * (Ótimo)
  30. Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres - * * * * * (Ótimo)
  31. Uma Duas, Eliane Brum - * * * * * (Ótimo)
  32. Vidas secas, Graciliano Ramos - * * * * * (Ótimo)
  33. Angústia, Graciliano Ramos - * * * * * (Ótimo)
  34. Antes que eu morra, Luis Erlanger - * * + (Regular/Bom)
  35. Acontece todos os dias, Heitor Herculano Dias * * * +(Bom / Muito Bom)
  36. Laços de Família, Clarice Lispector - * * * * * (Ótimo)
  37. Elettra, Amèlie Nothomb - * * * * * (Ótimo)
  38. Frauen, die lesen, sind gefährlich, Stefan Bullmann - * * * (Bom)
  39. A Paixão Segundo G.H., Clarice Lispector - * * * * * (Ótimo)
  40. Era uma vez... para sempre! - * * * * (Muito bom)
  41. Temblor, Rosa Montero - * * * + (Bom / Muito Bom)
  42. Malena es un nombre de tango, Almudena Grandes* * * * * (Ótimo)
  43. La leyenda del Rey Errante, Laura Gallego García - * * * *+ (Muito Bom/ Ótimo)
  44. El coronel no tiene quien le escriba, Gabriel García Márquez - * * * * * (Ótimo)
  45. Crónica de una muerte anunciada, Gabriel García Márquez - * * * * * (Ótimo)
  46. El jardín de al lado, José Donoso - * * * * + Muito Bom / Ótimo)
  47. Felicidade Clandestina, Clarice Lispector - * * * * * (Ótimo)
  48. Seguindo na prosa, Carlos Lopes 
  49. Harry Potter und der Stein der Weisen, Joanne K. Rowling - * * * * (Muito Bom)
  50. Historia personal del "Boom", José Donoso - * * * * * (Ótimo)
  51. La letra escarlata - * * * * (Muito Bom)
  52. Pedro Páramo, Juan Rulfo - * * * * * (Ótimo) - maravilhoso!
  53. No pasó nada, Antonio Skármeta - * * * * + (Muito Bom / Ótimo)
  54. Ardiente paciencia, Antonio Skármeta - * * * * * (Ótimo) - lindíssimo!
  55. Los cachorros, Mario Vargas Llosa - * * * * * (Ótimo) §
  56. El oro de Tomás Vargas (Cinco cuentos de Eva Luna), Isabel Allende - * * * * + (Muito Bom / Ótimo)
  57. Mar de historias - Relatos del México de hoy, Cristina Pacheco - * * * * (Muito Bom) 
  58. El Mono Gramático, Octavio Paz - * * * * * (Ótimo)
  59. La familia de Pascual Duarte, Camilo José Cela - * * * (Bom)



P.S.: Este blog foi um experimento e serviu para que eu me organizasse um pouco melhor. Não sei ainda se seguirei com ele ou com este formato no próximo ano. De qualquer modo, o blog seguirá no ar (para  registro).


© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

Autores que passaram por aqui em 2014

Naturalmente me refiro a livros lidos e aqui comentados em 2014 (em ordem alfabética):
  1. Afonso Cruz
  2. Almudena Grandes
  3. Amèlie Nothomb - 2
  4. Antonio Muñoz Molina
  5. Antonio Skármeta – 2
  6. Camilo José Cela
  7. Carlos Lopes
  8. Carmem Boullosa
  9. Clarice Lispector – 5
  10. Cristina Pacheco
  11. Daniel Kehlmann - 2
  12. Eliane Brum
  13. Esther Tusquets
  14. Gabriel García Márquez – 2
  15. Graciliano Ramos – 2
  16. Hakon Stephensen
  17. Heitor Herculano
  18. Hermann Hesse
  19. Herta Müller
  20. Isabel Allende
  21. Joanne K. Rowling
  22. Jonas Jonasson
  23. Jorge Bucay
  24. José Cláudio Adão
  25. José Donoso - 2
  26. José Eduardo Agualusa
  27. Juan Rulfo
  28. Juanjo Sáez
  29. Laura Gallego García
  30. Lima Barreto
  31. Lourenço Mutarelli
  32. Luis Erlanger
  33. Manfred Spitzer
  34. Marguerite Duras
  35. Mario Quintana - 2
  36. Mario Vargas Llosa
  37. Maurem Kayna
  38. Mercedes Muérdago
  39. Mia Couto
  40. Nathaniel Hawthorne
  41. Octavio Paz
  42. Patrick Roth
  43. Pierre Bayard
  44. Rafael Castellar das Neves
  45. Rosa Montero
  46. Stefan Bollmann

* o número ao lado do nome indica a quantidade de vezes ;-)


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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

La familia de Pascual Duarte



La familia de Pascual Duarte, Camilo José Cela, Destinolibro, 189 páginas.

Uma das coisas que eu mais gostei nesta edição foi a dedicatória:

"Dedico esta edición a mis enemigos, que tanto me han ayudado en mi carrera" (Camilo José Cela)

Achei curiosa, me fez rir e especular sobre os tipos de 'amigos' que teria tido o autor.

Bom, mas vamos ao texto: quem já leu Miguel de Cervantes vai notar semelhanças no 'jogo da verossimilhança', digamos assim. É um texto muito bem escrito, sem dúvidas, porém não me senti  tocar pelo universo de Pascual Duarte, personagem narrador. Compreendo no entanto que essa percepção poderia ser distinta num outro momento da minha vida ou da História, claro. Literariamente falando, é um livro de inquestionável qualidade que proporciona uma leitura envolvente (li num fluxo, pois queria saber como seria o final); um texto com o qual, pessoalmente, não consegui dialogar tanto. 

Avaliação: Bom.



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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

El Mono Gramático




El Mono Gramático, Octavio Paz, Seix Barral Biblioteca Breve, 142 páginas.


Assim almejo desaparecer, ai...

“La escritura es una búsqueda del sentido que ella misma expele. Al final de la búsqueda el sentido se disipa y nos revela una realidad propiamente insensata. ¿Qué queda? Queda el doble movimiento de la escritura: camino hacia el sentido, disipación del sentido. (…) Al escribir, camino hacia al sentido; al leer lo que escribo, lo borro, disuelvo el camino. Cada tentativa termina en lo mismo: disolución del texto en la lectura, expulsión del sentido por la escritura. (…) la visión que nos ofrece la escritura poética es la de su disolución. La poesía está vacía como el claro del bosque en el cuadro de Dadd: no es sino el lugar de la aparición que es, simultáneamente, el lugar de la desaparición.” Octavio Paz, El Mono Gramático, páginas 116-117.

Avaliação: Ótimo (Cum Lauda!)


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sábado, 6 de dezembro de 2014

Mar de historias - Relatos del México de hoy

Mar de historias - Relatos del México de hoy, Cristina Pacheco, Reclam, 141 páginas.


Todos os contos se referem às largas, por vezes intransponíveis, fronteiras entre México e Estados Unidos e a muitas vidas que ali lograram passar ou por lá ficaram; para qual dos lados? tanto faz... Narrativa viva, realista e muito envolvente. Amei!


Avaliação: Muito Bom.



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El oro de Tomás Vargas (Cinco Cuentos de Eva Luna)

El oro de Tomás Vargas (Cinco Cuentos de Eva Luna), Isabel Allende, Reclam, 135 páginas.


Fantasia com pitadas de vida real. Quem gosta de contos, por certo vai se deliciar com estes da Isabel Allende.


Avaliação: Entre Muito Bom e Ótimo! (Muito Bom+)


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sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Los cachorros

Los cachorros, Mario Vargas Llosa, Reclam, 98 páginas.

Um conto que canta! ( literalmente, e em linguagem 'jovial')

Avaliação: Ótimo!


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Ardiente paciencia (El cartero de Neruda)

Ardiente paciencia (El cartero de Neruda), Antonio Skármeta, Reclam, 207 páginas.

Este livro deu origem a um filme maravilhoso (busque no google). Um dos livros mais lindos e emocionantes que já tive o prazer de ler em toda a minha vida. Só posso recomendar!

Avaliação: Ótimo!


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No pasó nada

No pasó nada, Antonio Skármeta, Reclam, 131 páginas


Lucho (um chileno de 14 anos) nos conta, de maneira clara e divertida, um pouco do que se passou na época em que viveu, com sua família, exilado na Alemanha. Em vários aspectos este é um texto que vale muito a pena ser lido e a escrita de Skármeta é mais do que 10! Confira. ;-)

Avaliação: Entre Muito Bom e Ótimo (Muito Bom+)


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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Pedro Páramo



Pedro Páramo, Juan Rulfo, Editora Catedra Letras Hispánicas, Edición de José Carlos González Boixo 262 páginas, livro.

Deste livro sim, posso e devo dizer: ainda bem que pude lê-lo antes de morrer. Ma - ra - vi - lho- so!!

Avaliação: Ótimo (cum Lauda!)


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La letra escarlata



La letra escarlata, Nathaniel Hawthorne, Literanda Clásicos, 232 páginas, ebook (baixar gratuita e legalmente aqui)

A leitura de um clássico sempre acrescenta, sem falar que me deu muito prazer. Para quem se interessa por estudos sobre a forma de tratar e retratar mulheres na literatura, eis um texto com valiosas informações.

Avaliação: Muito bom

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Historia personal del "Boom"



Historia personal del "Boom", José Donoso, Editorial Leer-e, colección Palabras Mayores, 302 páginas, ebook.


Um relato pessoal, sincero e apaixonado das experiências do autor na época do famoso "Boom" de escritores latino-americanos. Leitura imperdível para qualquer fã.

Avaliação: Ótimo!

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Harry Potter und der Stein der Weisen



Harry Potter und der Stein der Weisen, Joanne K. Rowling, Carlsen, 335 páginas.

Fantasia nunca é demais ;-)

Avaliação: Muito bom!


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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Seguindo na prosa



Seguindo na prosa, Carlos A. Lopes, uma publicação do blog gadavos.blogspot.com, 2014

Tenho em casa uma prateleira só para livros com dedicatória, especialmente para aqueles que recebo de presente dos próprios autores. Eis o caso de Seguindo na prosa, um livro impresso que nasceu de um ebook! Isso mesmo, o ebook veio primeiro, depois surgiu uma versão mais completa em papel (produzida e custeada pelo próprio autor).

Explico: eu havia convidado o amigo Carlos A. Lopes a contribuir com algumas de suas histórias para o Projeto Quintextos e ele, muito generosamente, cedeu-me alguns dos textos que vão nesta  versão impressa para comporem o ebook homônimo Seguindo na Prosa, lançado em abril de 2014 e que está disponível lá no Quintextos para baixar e distribuir gratuitamente sob uma licença Creative Commons.

Pois bem, por conta da edição em ebook, acabei colaborando indiretamente com o nascimento da versão impressa, que traz mais histórias e participações de outros autores. O texto de apresentação do ebook aparece na contracapa da versão impressa, motivo de muita honra e alegria para mim.

Ei-la, ei-lo:



Obrigada, amigo Carlos, por sua generosidade em geral e por este presente tão belo e especialíssimo!


P.S.: por ter participado do livro abstenho-me de avaliá-lo, como faço com outros títulos que aqui estão, mas não posso deixar de recomendar que leiam e conheçam as histórias que Carlos nos traz. A versão impressa foi produzida e custeada pelo próprio autor e pode ser adquirida a preço simbólico no site gandavos.blogspot.com, diretamente com ele. Mais sobre outros livros do blog gandavos foi comentado aqui em outra ocasião.





© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Felicidade Clandestina



Felicidade Clandestina, Clarice Lispector, Editora Rocco, Ebook, 289 páginas.

Outra imperdível coletânea de contos de Clarice. Amei!  Uma leitura que, sem dúvidas, proporcionou-me outro mergulho no universo e na mente da autora e de seus personagens; uma leitura cujos efeitos ainda estão fermentando, estou em pleno processo de transformação. Recomendo muito!



Avaliação: Ótimo


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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

El jardín de al lado



El jardín de al lado, José Donoso, Colección Palabras Mayores, Editorial Leer-e, 2012, 407 páginas, ebook

Um livro que, além de permitir um 'zoom' na vida dos exilados, traz um elemento bastante diferente de todos os romances que eu já havia lido até então. Embora a narrativa como um todo não tenha me causado singular revolução, isto é: não tenha falado tanto comigo a ponto de chegar ao final e fechar o livro com um 'cara, que livro bom!', tive uma leitura muito rica e agradável, sem dúvidas. Só não me aprofundo no comentário do que seria esse elemento estrutural 'novo' (novo pelo menos para mim) para não tirar o prazer da descoberta de quem pretende ainda lê-lo, por ser este elemento, na minha opinião, o responsável por um dos pontos mais altos da narrativa, e tirar a surpresa do leitor é uma sacanagem sem dó, não é mesmo? Também porque a discussão de técnicas narrativas não é o objetivo aqui, pelo menos por enquanto. Bom, recomendo muitíssimo!


Avaliação: Entre Muito Bom e Ótimo (Muito Bom+)


P.S.: José Donoso é um autor chileno que viveu no exílio por algum tempo, nasceu em 1924 e faleceu em  1996. Uma entrevista com ele, de 1977, está disponível no youtube. Dele, estou lendo El obsceno pájaro de la noche e Historia personal del Boom, todos em versão ebook.



© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Crónica de una muerte anunciada



Crónica de una muerte anunciada, Gabriel García Márquez, Debolsillo, 137 páginas, 1993.

Que o personagem principal será assassinado já se sabe desde a primeira frase, mas o que nos leva a não querer desgrudar os olhos do livro até a frase final é a tentativa de, junto ao narrador, descobrirmos o como e os porquês do crime. Chega a ser angustiante. A leitura produziu em mim semelhante sensação à da leitura de Angústia, de Gracialiano Ramos, no entanto aliviada por momentos de humor. A prosa de García Márquez tem essa qualidade especial de esticar ao máximo o realismo até tocar os limites do exagero, o que sempre me deu, ao ler seus livros, a impressão de estar ouvindo trechos de histórias de pescador, típicas coisas assim: 

"(...) desde una mañana en que una sirvienta sacudió la almohada para quitarle la funda, y la pistola se disparó al chocar contra el suelo, y la bala desbarató el armario del cuarto, atravesó la pared de la sala, pasó con un estruendo de guerra por el comedor de la casa vecina y convirtió en polvo de yeso a un santo de tamaño natural en el altar mayor de la iglesia, al otro extremo de la plaza." (Página 12), que me dá a mais gostosa impressão daqueles que sabem mentir com a cara mais lavada, como se tudo fosse possível e perfeitamente justificável, como a vida real, na maioria das vezes, de fato é. 

"Sobre todo, nunca le pareció legítimo que la vida se sirviera de tantas casualidades prohibidas a la literatura, para que se cumpliera sin tropezos una muerte tan anunciada".

Na minha opinião ele consegue fazer esse jogo com maestria e de forma única, eis o DNA de sua forma de contar histórias, que é o que consegui identificar em todos os textos que já li dele, o que talvez tenha levado teóricos à denominação de um novo gênero, o conhecido realismo-mágico. Eu não gosto muito de rótulos, de modo que comecei a ler os textos de Gabo sem muito background teórico, mas consigo ver formas únicas de manipular o limite da realidade, como Mia Couto também consegue fazer muito bem, mas de outro modo, também único e especial. E eu amo a literatura de ambos. 

Além da estrutura da narrativa, gosto muito da forma como Gabo manipula o tempo nesta história, dentre outras coisas que aqui não vejo necessidade de citar.

É isso: mais um ótimo texto de Gabo! Li em Espanhol.

Avaliação: Ótimo


Outros livros de Gabo e Mia Couto comentados no Bluemaedel (Blog anterior a este).

© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

El coronel no tiene quien le escriba


El coronel no tiene quien le escriba, Gabriel García Márquez, Debolsillo, 1999, 99 páginas.

Sou suspeita para falar dos textos de García Márquez, pois gostei de TODOS os que até hoje pude ler. A escrita de Gabo dispensa comentários, não foi à toa que ele ganhou um Nobel.  Sua obra é, está aí e seguirá sendo por muitas gerações. Mas se me perguntarem o que eu mais gostei neste conto, digo o seguinte: o fato d'ele ter me buscado justamente num outubro para ser lido, a grandeza de sua simplicidade e o corajoso final. E viva Victor Hugo! Li em Espanhol.

Avaliação: Ótimo!



© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Der Teppich des Dichters



Der Teppich des Dichters (La leyenda del Rey Errante), Laura Gallego García, Gestenberg Verlag, 2009, 200 Seiten.


Uma deliciosa fantasia que mistura a força das palavras com as belezas do deserto; inspirador, bem escrito e informativo. Um livro recomendado não só para um público juvenil. Amei!


Avaliação: Entre Muito Bom e Ótimo (Muito Bom+)


© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Malena es un nombre de tango



Malena es un nombre de tango, Almudena Grandes, colección andanzas, 211, Tusquets Editores, 1a edição: abril de 1994, 26a. edição: junho de 2007, 552 páginas. 


Estilo de escrita sóbrio, elegante e muito envolvente; protagonista forte, sobretudo humana, real; picotes de retratos de sentimentos e comportamentos de uma das primeiras gerações  espanholas da Transição. 

Minha reação após leitura: 

C A R A C A,    Q U E     L I V R O   B O M!! 



Avaliação: Ótimo!


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sábado, 23 de agosto de 2014

Temblor



Temblor, Rosa Montero, Seix Barral, 318 páginas, 978-84-322-5069-9

Uma história muito bem contada, engendrada e, sem dúvidas, muito bem escrita. Não leio com frequência histórias fantásticas, e exatamente por isso incluí este título na minha lista, pois conhecia já outros livros de Rosa Montero e queria ler algo diferente daquilo que costumo ler. Esperei 'temblar' um pouco mais com a leitura, mas não posso dizer por conta disso que o livro não me agradou, talvez tenha sido escrito para um público juvenil. Digamos que se manteve constante, não desgostei, mas também não cheguei a amar. Não só pela ótima qualidade da escrita, mas também pelos drops de filosofia, vale muito a pena ser lido, vale sim!

Avaliação: Entre Bom e Muito Bom (Bom+)


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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Era uma vez... para sempre!



Era uma vez... para sempre!, José Cláudio Adão, Biblioteca 24horas, 98 páginas, 978-85-4160-709-4

Na ficção, assim como na vida, nunca se pode afirmar o que é cem por cento verdade, invenção, ou uma mistura de ambos. Nossas memórias não são cem por cento confiáveis e por isso é sabido que toda história tem, no mínimo, duas versões, incluindo as biografias. Daí a dificuldade de contar a própria história ou a daqueles que estão muito perto de nós. Este livro nos traz uma narrativa linda e inspiradora, uma história humana, de dois seres humanos, contada em partes e referencias que nos levam ao Inferno de Dante e ao Céu de Carlos Drummond, dentre outros.

É um testemunho de amor sim, mas não é uma história melosa e o padrão é simples, como a própria vida, pois um professor de Matemática um dia me disse que os problemas mais importantes são poucos e são aqueles que continuam sem solução; por conta disso, ao reduzir a complexidade de outros tantos topamos sempre com os mesmos padrões elementares. E este livro traz o mais humano e comun de todos eles, e que nos dias materialistas e sem esperança de hoje quase ninguém mais acredita que histórias como esta ainda possam ser reais: duas pessoas se encontram, o destino as separa e anos depois consegue uní-las outra vez. Piegas? Eu não acho. É a mais humana das questões: saber lidar com a dor, com as perdas, com as rejeições, saber reerguer-se de relacionamentos que não dão certo e nunca, jamais mesmo, perder a fé no amor. E se eu já admirava o autor sem saber de nada disso, agora que conheço um pouco de sua história passei a admirá-lo muito mais.

A história é o ponto forte do livro, pois ela simplesmente nos traz à memória que: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.” (I Coríntios, 13:13)

Este livro me foi carinhosamente presenteado pelo próprio autor, e ficará em minha prateleira especial para livros com dedicatória. Devorei-o no mesmo dia que recebi, a leitura flui não só pela realista história, também pela competência do autor, talento já reconhecido por tantos que acompanham suas crônicas e blogs (eu me incluo).

Agora uma história pessoal: em 2009, topei na Internet com o manuscrito de A Vida do Bebê – 2a Parte – De 40 Para a Frente. Li o manuscrito por acaso e compartilhei com ao autor as minhas impressões de leitura. Pouco tempo depois, em 2010, saiu em forma de livro e recebi do autor um exemplar com a seguinte dedicatória: “Para Helena Frenzel, companheira das trilhas literárias, amiga perto do coração. Com carinho, José Cláudio Adão, BH, fevereiro de 2010.” Esse foi o primeiro livro de José Cláudio Adão e o primeiro que eu recebi de escritores da minha geração, escritores com quem eu costumava (e ainda costumo) interagir na Internet.

Ou seja: de alguma forma eu também sou parte desta história, uma história de superações e de amor não só à vida e à família, ou do amor entre um homem e a mulher de sua vida, mas também da trajetória de um escritor (uma pessoa simples como eu) da minha geração, na descoberta da literatura e de seu poder salvador. Por tudo isso, não é porque o autor é meu amigo que recomendo este livro, nada disso! Recomendo-o porque vale muito mesmo o tempo de ser lido e por ter-me sido tão inspirador!

Avaliação: Muito Bom.


Parabéns, José Cláudio, e que venham muitos outros mais!




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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

A Paixão Segundo G.H



A Paixão Segundo G.H., Clarice Lispector, 179 páginas, Editora Rocco.

Outro título de Clarice que, para mim, tem como pedra fundamental a surpresa. Portanto, se você tem a edição impressa deste livro NÃO LEIA A ORELHA de José Castello antes de ter lido o texto original, pois ela revela um dos pontos máximos do livro e tira do leitor o prazer de descobrir a narrativa por si só. Ainda bem que eu tenho o hábito de ler primeiro o texto original e só depois, os complementos.

Esse livro não me proporcionou uma experiência de leitura fácil, e não pude lê-lo de uma vez só. Mesmo que tivesse tido o tempo requerido, senti várias vezes necessidade de fazer uma pausa porque o texto consome muito a energia do leitor (foi essa a minha impressão). Não que seja um texto difícil, porém é um texto enigmático e profundo, não foi à toa que Clarice pediu logo no começo a possíveis leitores que lessem esse livro como pessoas “que sabem que a aproximação do quer que seja, se faz gradualmente e penosamente – atravessando inclusive o oposto daquilo que se vai aproximar. Aquelas pessoas que, só elas, entenderão bem devagar que este livro nada tira de ninguém.” E que por isso ela “ficaria contente se fosse lido apenas por pessoas de alma já formada”. Não sei se sou uma pessoa assim, de alma já formada. A história me fez lembrar Kafka e não deixa de ter como fundo um tipo de metamorfose (a transcendência), tanto para a autora quanto para os possíveis leitores e para a personagem G.H.

Para dar uma idéia de como fiz esta leitura, comecei num bom ritmo, o qual foi diminuindo em algum ponto lá pela metade do texto, dado que sentia a narrativa me sugando em vários pontos e a necessidade de parar para ‘digerir’. Em alguns momentos vi-me tão perdida quando a personagem, pensando aonde tudo aquilo poderia nos levar. Então chegamos a um outro ponto, antes do clímax apontado na orelha estraga-surpresas, em que a narrativa reacelerou de um modo que mesmo eu tendo de interromper a leitura por motivos externos,  sempre retornava ao ponto de parada com o mesmo entusiasmo: o desejo de chegar ao final porém postergando ao máximo aquela ‘passagem’, razão que me fez chegar à última página e fechar o livro com um: “Cara, bom demais!”

Tive a impressão de que a narrativa traz muito da personagem G.H., porém muito mais da autora e suas inquietações, talvez muito sobre suas questões em relação a Deus ou à religião. Mas aqui apenas especulo. Há muitos estudos já sobre Clarice e sua obra, apenas me limito à minha experiência de leitura com esse intrigante e instigante livro.

Leia e tire suas próprias conclusões.

Avaliação: Ótimo!


Eis o que escrevi no meu skoob enquanto estava lendo: 

"Este livro é tão intenso que só estou conseguindo ler capítulo a capítulo, bem devagar, como se cada capítulo fosse uma iniciação para o próximo. Ele me suga, cada palavra diz muito, cada frase é um mar de sentidos, um mergulho muito bom."



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