quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Seguindo na prosa



Seguindo na prosa, Carlos A. Lopes, uma publicação do blog gadavos.blogspot.com, 2014

Tenho em casa uma prateleira só para livros com dedicatória, especialmente para aqueles que recebo de presente dos próprios autores. Eis o caso de Seguindo na prosa, um livro impresso que nasceu de um ebook! Isso mesmo, o ebook veio primeiro, depois surgiu uma versão mais completa em papel (produzida e custeada pelo próprio autor).

Explico: eu havia convidado o amigo Carlos A. Lopes a contribuir com algumas de suas histórias para o Projeto Quintextos e ele, muito generosamente, cedeu-me alguns dos textos que vão nesta  versão impressa para comporem o ebook homônimo Seguindo na Prosa, lançado em abril de 2014 e que está disponível lá no Quintextos para baixar e distribuir gratuitamente sob uma licença Creative Commons.

Pois bem, por conta da edição em ebook, acabei colaborando indiretamente com o nascimento da versão impressa, que traz mais histórias e participações de outros autores. O texto de apresentação do ebook aparece na contracapa da versão impressa, motivo de muita honra e alegria para mim.

Ei-la, ei-lo:



Obrigada, amigo Carlos, por sua generosidade em geral e por este presente tão belo e especialíssimo!


P.S.: por ter participado do livro abstenho-me de avaliá-lo, como faço com outros títulos que aqui estão, mas não posso deixar de recomendar que leiam e conheçam as histórias que Carlos nos traz. A versão impressa foi produzida e custeada pelo próprio autor e pode ser adquirida a preço simbólico no site gandavos.blogspot.com, diretamente com ele. Mais sobre outros livros do blog gandavos foi comentado aqui em outra ocasião.





© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Felicidade Clandestina



Felicidade Clandestina, Clarice Lispector, Editora Rocco, Ebook, 289 páginas.

Outra imperdível coletânea de contos de Clarice. Amei!  Uma leitura que, sem dúvidas, proporcionou-me outro mergulho no universo e na mente da autora e de seus personagens; uma leitura cujos efeitos ainda estão fermentando, estou em pleno processo de transformação. Recomendo muito!



Avaliação: Ótimo


© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

El jardín de al lado



El jardín de al lado, José Donoso, Colección Palabras Mayores, Editorial Leer-e, 2012, 407 páginas, ebook

Um livro que, além de permitir um 'zoom' na vida dos exilados, traz um elemento bastante diferente de todos os romances que eu já havia lido até então. Embora a narrativa como um todo não tenha me causado singular revolução, isto é: não tenha falado tanto comigo a ponto de chegar ao final e fechar o livro com um 'cara, que livro bom!', tive uma leitura muito rica e agradável, sem dúvidas. Só não me aprofundo no comentário do que seria esse elemento estrutural 'novo' (novo pelo menos para mim) para não tirar o prazer da descoberta de quem pretende ainda lê-lo, por ser este elemento, na minha opinião, o responsável por um dos pontos mais altos da narrativa, e tirar a surpresa do leitor é uma sacanagem sem dó, não é mesmo? Também porque a discussão de técnicas narrativas não é o objetivo aqui, pelo menos por enquanto. Bom, recomendo muitíssimo!


Avaliação: Entre Muito Bom e Ótimo (Muito Bom+)


P.S.: José Donoso é um autor chileno que viveu no exílio por algum tempo, nasceu em 1924 e faleceu em  1996. Uma entrevista com ele, de 1977, está disponível no youtube. Dele, estou lendo El obsceno pájaro de la noche e Historia personal del Boom, todos em versão ebook.



© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Crónica de una muerte anunciada



Crónica de una muerte anunciada, Gabriel García Márquez, Debolsillo, 137 páginas, 1993.

Que o personagem principal será assassinado já se sabe desde a primeira frase, mas o que nos leva a não querer desgrudar os olhos do livro até a frase final é a tentativa de, junto ao narrador, descobrirmos o como e os porquês do crime. Chega a ser angustiante. A leitura produziu em mim semelhante sensação à da leitura de Angústia, de Gracialiano Ramos, no entanto aliviada por momentos de humor. A prosa de García Márquez tem essa qualidade especial de esticar ao máximo o realismo até tocar os limites do exagero, o que sempre me deu, ao ler seus livros, a impressão de estar ouvindo trechos de histórias de pescador, típicas coisas assim: 

"(...) desde una mañana en que una sirvienta sacudió la almohada para quitarle la funda, y la pistola se disparó al chocar contra el suelo, y la bala desbarató el armario del cuarto, atravesó la pared de la sala, pasó con un estruendo de guerra por el comedor de la casa vecina y convirtió en polvo de yeso a un santo de tamaño natural en el altar mayor de la iglesia, al otro extremo de la plaza." (Página 12), que me dá a mais gostosa impressão daqueles que sabem mentir com a cara mais lavada, como se tudo fosse possível e perfeitamente justificável, como a vida real, na maioria das vezes, de fato é. 

"Sobre todo, nunca le pareció legítimo que la vida se sirviera de tantas casualidades prohibidas a la literatura, para que se cumpliera sin tropezos una muerte tan anunciada".

Na minha opinião ele consegue fazer esse jogo com maestria e de forma única, eis o DNA de sua forma de contar histórias, que é o que consegui identificar em todos os textos que já li dele, o que talvez tenha levado teóricos à denominação de um novo gênero, o conhecido realismo-mágico. Eu não gosto muito de rótulos, de modo que comecei a ler os textos de Gabo sem muito background teórico, mas consigo ver formas únicas de manipular o limite da realidade, como Mia Couto também consegue fazer muito bem, mas de outro modo, também único e especial. E eu amo a literatura de ambos. 

Além da estrutura da narrativa, gosto muito da forma como Gabo manipula o tempo nesta história, dentre outras coisas que aqui não vejo necessidade de citar.

É isso: mais um ótimo texto de Gabo! Li em Espanhol.

Avaliação: Ótimo


Outros livros de Gabo e Mia Couto comentados no Bluemaedel (Blog anterior a este).

© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

El coronel no tiene quien le escriba


El coronel no tiene quien le escriba, Gabriel García Márquez, Debolsillo, 1999, 99 páginas.

Sou suspeita para falar dos textos de García Márquez, pois gostei de TODOS os que até hoje pude ler. A escrita de Gabo dispensa comentários, não foi à toa que ele ganhou um Nobel.  Sua obra é, está aí e seguirá sendo por muitas gerações. Mas se me perguntarem o que eu mais gostei neste conto, digo o seguinte: o fato d'ele ter me buscado justamente num outubro para ser lido, a grandeza de sua simplicidade e o corajoso final. E viva Victor Hugo! Li em Espanhol.

Avaliação: Ótimo!



© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Der Teppich des Dichters



Der Teppich des Dichters (La leyenda del Rey Errante), Laura Gallego García, Gestenberg Verlag, 2009, 200 Seiten.


Uma deliciosa fantasia que mistura a força das palavras com as belezas do deserto; inspirador, bem escrito e informativo. Um livro recomendado não só para um público juvenil. Amei!


Avaliação: Entre Muito Bom e Ótimo (Muito Bom+)


© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.