A décima terceira leitura do ano foi o ensaio "A cruel pedagogia do vírus", do sociólogo português Boaventura de Sousa Santos, editora Almedina, 32 páginas. Sim, priorizar a lucidez e tratar de informar-se, bem como tentar manter a serenidade para poder refletir sobre a situação ainda são os melhores remédios contra todos os males. Sem dúvidas, esta foi uma leitura que muito me ajudou a compreender os enormes desafios que ainda temos para além do coronavírus.
A décima quarta leitura se trata da novela gráfica de Reneé Nault para o famoso livro de Margaret Atwood, "Der Report der Magd" (O conto da criada), editora berlin. Foi uma leitura mais impactante do que a leitura do livro original porque imagens têm o poder de revelar o que por ventura se esconde em um texto. Seja o livro original, a série da Netflix ou a novela gráfica, o romance de Margaret Atwood é uma leitura imprescindível, ainda mais nesses nossos tempos de pandemia, desinformação, conservadorismo exacerbado, atentados contra a democracia, pseudo cristianismo, antipolítica, enfim: é uma leitura super necessária, um kit de sobrevivência nestes tempos de hipocrisia sem antecedentes.