domingo, 14 de março de 2021

Leituras 2020 - Parte XVI

A quadragésima sexta leitura do ano foi a ótima coletânea de contos Dezessete Mortos, de Nikelen Witter (Avec, 158 páginas). Alguns dos contos se relacionam a lendas ou a figuras históricas da região Sul do Brasil. Nikelen Witter é historiadora, pesquisadora e autora de literatura fantástica da melhor qualidade. Tanto é verdade que, em 2020, ela foi finalista do Prêmio Jabuti com o apaixonante Viajantes do Abismo, livro que também já li e adorei. Dezessete Mortos explora em certa medida o mistério e o terror e foi uma leitura que me proporcionou muito prazer e fortes sensações. Ainda hoje carrego ecos de alguns dos contos deste volume em minha imaginação. Imperdível. Super recomendo!


A quadragésima sétima leitura do ano foi o ensaio juvenil Feminismus, de Juliane Frisse (Carlsen, 204 páginas). Um ótimo livro para se ler com meninos, meninas e menines sobre um tema essencial em nossas vidas. O livro se propõe a explicar o que é feminismo e por quê ele é tão necessário em nosso mundo. Um must


A quadragésima oitava leitura do ano foi a de um livro cuja leitura não pude deixar de fazer em tempo de pandemia. Se trata de A Peste, de Albert Camus (175 páginas). As épocas são diferentes, mas o comportamento humano segue um mesmo padrão. A ficção tem muito a nos ensinar, sempre! É por isso que, em tempos de crise, uma boa estratégia é enfiar a cara nos livros, olhar para o passado e aprender com ele, se é que queremos de fato construir um bom futuro. 


A quadragésima nona leitura foi uma dessas "positivamente super marcantes". Se trata do ensaio El género en serio, de Raewyn Connell (edição da UNAM, 245 páginas). Nunca antes eu havia tido a oportunidade de estar tão próxima da temática da transexualidade e das experiências de pessoas trans. Um livro que, certamente, me proporcionou uma visão mais ampla e inclusiva do mundo.


A quinquagésima leitura foi a de um livro de uma brasileira que também foi esquecida. Por conta da ideologia defendida no livro, creio que é melhor para o mundo que ela continue assim mesmo: esquecida :-). Exatamente por isso não a cito nesta lista de reflexão sobre as leituras do ano. No entanto, fica aqui o registro para contabilizar a experiência de leitura.





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