A nona e a décima leituras deste ano ocorreram por conta da minha participação em dois grupos de leitura. O primeiro grupo, voltado para textos e ensaios sobre o tema feminismo; e o segundo grupo, voltado para a leitura de textos publicados por escritoras brasileiras que foram praticamente esquecidas ao longo da História.
O nono livro lido foi uma excelente introdução ao entendimento das chamadas "ondas" na história do feminismo. Se trata do livro "Feminismo na atualidade: a formação da quarta onda", de Jacilene Maria Silva, publicação independente, 152 páginas. Para quem não sabe muito sobre o tema, este livro cumpre muito bem o seu papel de fornecer uma introdução.
Já o décimo livro lido foi "A Rainha do Ignoto", considerado o primeiro romance fantástico brasileiro. Fugindo completamente ao padrão da época, este romance - publicado pela primeira vez em 1899 -, foi escrito por uma mulher: a cearense Emília Freitas. A edição relançada pela Editora Mulheres & EDUNISC em 2003 tem 432 páginas. Além de uma fantasia bastante original e muito bem tecida, o livro de Emília Freitas denuncia as limitações a que eram submetidas as mulheres de sua época, bem como as violências que ainda hoje não deixaram de ser praticadas contra as mulheres em todos os lugares. A releitura deste texto em pleno século XXI reforça a idéia de que a luta das mulheres é uma luta eterna, uma luta pelo direito de existir, de sermos vistas como seres humanos com os mesmos direitos que qualquer outro, e pelo direito de podermos guiar nossas próprias vidas como bem quisermos. Vale muito o tempo de ser lido e relido!
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